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Dia no campo
A caminho da feira
Mesa com forno
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A pintura, mais do que outras formas de expressão artística, encanta pela capacidade do artista em retratar, tão fielmente, a vida. Para uns, são necessários anos de estudos, para outros, bastam a inspiração e o desejo de reproduzir as coisas do cotidiano. Rui de Paula é desses pintores que encantam o mundo. Ainda na adolescência, precisou de orientações sobre a técnica de pintar, mas foi mesmo na prática que ele se tornou um dos grandes nomes da pintura mineira. Modesto, não deixa de citar o nome do seu primeiro e único professor, Mauro Ferreira. Mas foi observando, lendo livros, visitando exposições e museus que ele se transformou num artista respeitado. Segundo Yara Tupynambá, Rui de Paula estuda as graduações luminosas com grande maestria. “A claridade brasileira, que caracteriza tanto o nosso país, se incorpora de maneira natural e absoluta nas telas desse artista, fazendo de seu trabalho um marco na cultura de Minas Gerais”, declara.
Mineiro de Jaboticatubas, ele leva às suas telas o Brasil rural, já tão esquecido, mas que desperta um saudosismo acalentador aos olhos de quem o vê. A luz, tão elogiada por Yara Tupinambá, impressiona, e de repente nos perguntamos: “Como pode ser tão real, parece mesmo que simplesmente há luz nesta imagem? Isto é arte, é pintura!”.
Uma prova do indiscutível talento de Rui de Paula é o fato de ele conseguir, como poucos, viver somente da própria arte. Deixou o serviço burocrático de banco em 1989, e de lá para cá, dedica-se somente aos seus quadros. Fã do impressionismo, trabalha diariamente para chegar à perfeição desse estilo. Em suas palavras: “Estarei realizado quando toda minha pintura for impressionista”. Para nós, simples mortais, a perfeição está lá, em cada quadro, em cada tom, em cada feixe de luz que brota das telas e ilumina nossos olhos. Sua obra transcende os espaços geográficos. Já expôs em diversas cidades brasileiras e em países como os Estados Unidos, Iraque e Portugal.
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