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Cores e flores da floresta
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As telas de Ferreira retratam as imagens paradisíacas da Mata Atlântica, suas aves, seus mananciais e seus nativos. Seu trabalho prima por retratar a verdade revelada a cada dia nessa região, mais precisamente na Estação Ecológica da Juréia-Itatins. Desde jovem, além da pintura, despertou interesse também pela música, influenciado pelo avô que era maestro e pianista. Sua mãe também é pianista e o incentivava a se interessar por arte. Ferreira, que viveu parte de sua infância com os avós, brincava com as sobras de telas e tintas que sua avó, que fazia pintura em porcelana e criava pequenos quadros, lhe ofertava. A adolescência, viveu com os pais em São Vicente - litoral de São Paulo - e gostava de frequentar uma vila de pescadores da região chamada, Guamium. Passava grande parte do tempo nessa comunidade, e com os pescadores, muitos deles caiçaras, aprendeu a fazer pirogas, redes, canoas artesanais e foi aprendendo suas técnicas de pesca. Acabou se tornando pescador profissional.
Enquanto extraía prazer com tais atividades e ganhava a vida desta forma, Ferreira nunca deixou de desenhar. Riscava e pintava cenas daquele cotidiano, das paisagens de beira-mar, de bares, barcos e portos, usava o que tinha em mãos; carvão, giz de cera, lápis de cor ou sobras de tinta usadas na pintura dos barcos.
Mais tarde, quando a pesca se tornou inviável em virtude da degradação ambiental, foi trabalhar no Porto de Santos e foi aí que percebeu que os turistas se interessavam por quadros com os motivos que ele retratava, e passou então a pintar pequenas telas com tinta acrílica, para vender. Entre 1989 e 1990 já vendia suas obras na Praça da República, em São Paulo, na tradicional feira de arte paulistana. Na década de 1990 passou a expor seus trabalhos na galeria Jacques Ardies em São Paulo. O reconhecimento foi imediato. Vendeu todos os quadros em sua 1ª exposição individual e passou a exportar para a França e Estados Unidos.
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